Jornal Correio Popular


TRAP COIN
PF mira grupo suspeito de movimentar R$ 120 milhões em esquema de pirâmide

Data da notícia: 2023-02-09 18:27:39
Foto: Assessoria/Divulgação
Grupo prometia retorno garantido de 100% do valor investido. Vítimas são de Rondônia, outros estados e até de fora do país

Uma operação da Polícia Federal (PF) - “Trap Coin” - foi deflagrada, ontem (9), contra um grupo suspeito de movimentar, ao menos, R$ 120 milhões em um esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas. A base do esquema é em Cacoal.

Segundo a PF, 28 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em várias cidades de Rondônia e em outros quatro estados como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia. Cerca de 80 policiais federais participam da ação.

A Justiça Federal também determinou a indisponibilidade de bens, como veículos, imóveis, ações e ativos financeiros.


Investigações

A PF começou a mirar o grupo criminoso em 2021, quando descobriu que um morador de Cacoal estava utilizando empresas para captar recursos de outras pessoas, com a promessa de “aplicações financeiras” em criptomoedas.

O primeiro suspeito foi identificado, durante a investigação, como líder do grupo criminoso. Inicialmente, a ação era concentrada apenas na região de Cacoal, mas foi crescendo e se espalhando por outras cidades, estados e até outros países.


Como o grupo agia?

O foco do grupo era a criptomoeda. Os suspeitos prometiam um contrato de investimento em criptomoedas, inicialmente com retorno garantido de 300% em 120 dias, depois modificado para 100% em 21 a 33 dias. O grupo chegou até mesmo a criar uma criptomoeda para atrair investimentos.

A ação funcionava em “Esquema Ponzi”, um tipo de fraude de pirâmide financeira que promete o ganho de dinheiro de forma fácil. Segundo a PF, o dinheiro que era captado das vítimas não era utilizado para fazer nenhum investimento e, sim, para o enriquecimento do próprio grupo.

“Os suspeitos passaram a ostentar um padrão de riqueza totalmente incompatível com os rendimentos auferidos, valendo-se de diversas estratégias de lavagem de capitais”, revelou a PF.

Quando as vítimas cobravam os valores do investimento, os suspeitos davam desculpas, sempre colocando o problema em outra pessoa.

Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, instituição financeira clandestina, gestão fraudulenta e temerária, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, sonegação fiscal e lavagem de capitais.

Fonte: G1

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