Jornal Correio Popular

ELEIÇÕES 2022
CP entrevista candidatos ao Governo de Rondônia

Data da notícia: 2022-09-02 19:36:22
Foto: Assessoria/Divulgação
Candidatos a governador de Rondônia falam sobre os desafios e propostas em sabatina para o Jornal Correio Popular

Marcos Rogério salienta a importância das entrevistas do Jornal Correio Popular feitas aos candidatos.

O Jornal Correio Popular continua realizando uma série de sabatinas com os principais candidatos ao Governo de Rondônia. O objetivo é adiantar os planos de cada um para os próximos quatro anos e permitir que o cidadão possa comparar as ideias e soluções que pretendem apresentar. Para este bate papo, foram convidados todos os candidatos

O senador Marcos Rogério é o entrevistado da edição deste sábado (3), por meio de uma série de sabatinas aos candidatos ao Governo de Rondônia pelas Eleições 2022. Marcos Rogério da Silva Brito, nascido no dia 7 de julho de 1978, em Ji-Paraná, filho de agricultores, atuou na comunicação social por mais de 12 anos. Foi radialista na Rádio Alvorada (2001-2008); diretor de Comunicação da Prefeitura Municipal de Ji-Paraná (2003-2004); repórter da TV Rondônia, afiliada à Rede Globo (2003-2005) e coordenador de Jornalismo do Sistema Gurgacz de Comunicação (SGC)/Rede TV Rondônia (2005-2009). É graduado em Direito pela Universidade Luterana do Brasil (CEULJI/ULBRA), e mestre em Administração Pública pelo IDP. Sua carreira na política começou em 2009, quando foi eleito vereador em Ji-Paraná. Em 2011, foi eleito e diplomado deputado federal, tendo sido reeleito em 2015. No ano de 2018, se tornou o senador mais votado, com 324.939 votos.


CP - O senhor teve uma carreira política meteórica: de vereador de Ji-Paraná a deputado federal, por dois mandatos, e agora senador, qual das eleições foi a mais difícil?

Marcos Rogério - Cada eleição tem sua particularidade, porém a mais desafiadora foi a de vereador. O fato de se ter um ambiente de muita disputa e vários nomes, com famílias que possuem um parente que é candidato, tudo isso torna uma eleição desafiadora. A primeira eleição que eu disputei para valer como vereador, perdi por um voto. Nunca me esqueço, Lopes tirou 759 votos e eu 758, ele assumiu e fiquei de fora. Já na eleição seguinte, eu disputei, e fui um dos mais votados. Depois veio a eleição para deputado federal, na qual começou realmente o meu crescimento político. Ela foi interessante, pois pouca gente acreditava na possibilidade da minha vitória. Mas eu sempre disse e repito, isso é ao longo da minha trajetória que todas as minhas eleições tiveram um fator determinante. Eu creio muito na ação de Deus. Nunca fui favorito nem para vereador, deputado e nem para senador. Mas eu entendo que nisso tudo teve a mão de Deus. porque eu não possuía uma grande estrutura, um grupo articulado nos municípios e mesmo assim uma votação extraordinária.


CP - Quais foram suas maiores conquistas?

Marcos Rogério - Tenho prazer em dizer que nós conquistamos recursos para os 52 municípios. Todas as cidades de Rondônia tiveram emendas nossas. Eu acho que a área que mais gera impacto, e que as pessoas não prestam atenção é a saúde. Com relação aos investimentos, eu coloquei muito recurso para a saúde e em obras também, equipamentos que eu não fui nem entregar, mas são importantes. Apenas coloquei o recurso para atender a população. Mas, para investir na saúde é preciso uma emenda mais robusta, pois quando eu contribuo para a saúde eu não estou olhando para o mérito político, estou olhando a missão de salvar vidas. Então, não me preocupo tanto com Ji-Paraná. Essa cidade possui muita gente que às vezes não tem noção do tanto de recurso que eu já distribui para o município. As pessoas não conhecem, por que não conhecem? Porque no meu primeiro mandato, tudo que eu fazia ou queria entregar, a intenção era inaugurar depois. No segundo mandato eu já não podia mais entregar determinadas obras.


CP - Continuar no Poder Legislativo, ou seja, disputar cargos legislativos, não seria uma tendência natural, dado ao seu perfil? Em Rondônia, poucos políticos conseguiram fazer bem essa transição.

Marcos Rogério - Olha, me dediquei muito ao parlamento. A minha formação é jurídica e minha passagem pela comunicação favoreceu muito. A minha atuação no legislativo foi como vereador, depois como deputado federal, dois mandatos e agora como senador. Eu estou há 12 anos no legislativo. Dei a minha parcela de contribuição ao mesmo e no mês de agosto recebi uma notícia, que para mim foi muito gratificante. Fui eleito pelo Congresso, em votação nacional como o melhor senador do Brasil. Isso graças a minha atuação parlamentar, em razão da minha atuação, é como legislador e alguém combatente. No Senado Federal me encontrei e consegui ser conhecido não só em Rondônia, mas no Brasil inteiro.


CP - A visibilidade que o senhor obteve na CPI da Covid, sempre saindo em defesa do presidente Jair Bolsonaro, de alguma forma influenciou na sua decisão de disputar como governador?

Marcos Rogério – Não se trata da visibilidade. Ela é muito boa, você ter o reconhecimento no estado e por onde você passa, em nível nacional é muito bom, mas não foi isso que me motivou a ser governador. O que me encoraja, não é por eu ser amigo de Bolsonaro, isso não resolve o problema, porque se resolvesse, o atual governador teria feito um governo de excelência. Ele disse que é amigo do Bolsonaro. Não solucionou a questão da segurança pública, da educação, ou seja, não basta ser amigo é preciso ter competência e não preguiça de trabalhar. Eu tenho dito o seguinte: Os fundamentos do governo que eu quero fazer, são baseados em planejamento, gestão eficiente, transparência e foco no resultado.

Sem isso, não há governo que funcione de forma operativa. Quando olho para a saúde no estado de Rondônia, eu me faço a seguinte pergunta: se governar é cuidar das pessoas, o governo está cuidando bem dos cidadãos com a saúde que está oferecendo? Não, com hospital como o João Paulo II, onde os pacientes são atendidos no corredor, no chão, muitos que não conseguem nem atendimento. Famílias que estão tendo que fazer vaquinhas, rifas, adquirir dinheiro com os amigos para fazerem exames, cirurgias, pois não conseguem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eu não posso ficar achando que tá normal, que está tudo bem e ficar na zona de conforto como senador. Agora eu quero me dedicar, um pouco mais, no lado do executivo. Quero ser governador para cuidar de todas as áreas.


CP - Quais foram os critérios para a escolha da médica Flávia Lenzi, para ser sua vice na chapa ao governo?

Marcos Rogério - Dois critérios me fizeram escolher a médica Flávia Leniz. Primeiro por ser mulher, eu queria ao meu lado uma figura feminina, o objetivo não é governar para as mulheres, e sim com as mulheres. Para isso, fiz um projeto com intuito de destinar secretarias. Eu quero meritocracia. Mulher com habilidades que são necessárias. Agora, além dela possuir capacidade, competência e dedicação, trabalhar muito e várias delas com dupla jornada, porque faz a jornada do ofício profissional e ainda chega em casa e precisa dar sequência com muito trabalho.

Possui uma sensibilidade que Deus reservou. Quando eu a escolhi para estar ao meu lado, na vice-governadoria uma mulher médica, mãe, de Porto Velho, eu escolhi alguém que reúne todos esses predicados.


CP - Como o(a) candidato(a) pretende contribuir para superar os graves problemas da desigualdade social, e da irresponsabilidade ambiental?

Marcos Rogério – São duas áreas que merecem uma atenção muito especial. E aí você toca no assunto que tem muita gente que não está observando em Rondônia. Quando você olha para os Indicadores, os indicadores econômicos mostram um estado em crescimento, os indicadores econômicos são positivos, mesmo na pandemia a economia de Rondônia cresceu. Só que quando você analisa os indicadores sociais, aí a curva é para baixo e não para cima. Ampliou os indicadores econômicos e caiu nos sociais, estes são péssimos. Na educação, os indicadores também são ruins. Nossos alunos, muitos deles mal sabem ler um texto e interpretar, não conseguem resolver uma equação de matemática, taxa de evasão escolar no ensino médio, altíssima na casa de 28%. Ou seja, de cada 40 alunos no ensino médio, 10 estão abandonando a escola. Ou seja, o estado está mais rico, mas as pessoas estão mais pobres. Essa equação não é boa. Nós vamos pensar numa maneira de fazer a riqueza chegar no andar de baixo. E o estado não tem um programa para isso. Hoje, toda vez que você vai pensar em política pública de incentivo, fomento, o estado não oferece. Mas irei, por meio do banco do povo, estruturar uma política de investimento que vai fomentar o crescimento do micro e do pequeno empreendedor. Estes pequenos empresários são os que garantem 80% da geração de emprego e renda no estado de Rondônia.


CP - Qual será o maior desafio para quem assumir o Governo de Rondônia em 2023?

Marcos Rogério – Bom, os desafios são grandes em todas as áreas. Eu acho que o maior desafio é enfrentar o problema que mais aflige a nossa gente, que é o problema da saúde. Eu acho que esse é o maior desafio. Porque não é simplesmente você chegar do dia para a noite, fala assim, ó, vamos resolver. O que está errado, eu já sei, o que não está certo é o paciente ficar sem atendimentos. O que não está certo é o paciente às vezes ser atendido num corredor do João Paulo, no chão, o que não está correto é as pessoas terem que fazer vaquinha para poder buscar a saúde. Isso não está certo. Agora como é que eu transformo aquilo que é um problema em uma solução? Esse é o maior desafio, o governo precisa de um planejamento, um plano estratégico de enfrentamento naquilo que está urgente na mesa para resolver, chamar o setor privado para participar da solução.


CP – Suas considerações finais.

Marcos Rogério - É apenas de agradecimento. Quero agradecer a equipe do jornal Correio Popular, que conheço há muito tempo e possui história. Muitos já passaram pelo Correio Popular, eu sou do tempo que Rondônia tinha muitos jornais. Muitos jornais impressos já passaram, fecharam as portas, mas o Correio Popular continua na mesma pegada e melhorando, avançando e conectado com as novas ferramentas de acesso sociais e mundiais. Parabéns a equipe do Correio Popular, por abrir espaço para a gente discutir o melhor para nosso estado de Rondônia. Eu fico muito feliz em estar aqui, é a minha cidade, é um jornal da minha cidade, com uma história tão bonita e que passa de uma geração para outra.

Fonte: CP

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