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A indstria e a previdncia
- A confirmao da notcia de um PIB negativo, no primeiro trimestre de 2019, aps o IBGE ter anunciado, h mais de um ms, a queda da produo da indstria, confirma a estagnao da economia brasileira, num momento em que a posse de um novo governo criava expectativas de retomada de um crescimento sustentado, que era estimado, no comeo de 2019 , em algo prximo a 3% ao ano. - Na realidade o novo governo recebeu o pas em condies fiscais difceis, com um dficit nominal de mais de 5% do PIB, uma dvida pblica elevada e, pior, crescente. A equipe econmica escolheu priorizar o ajuste fiscal, onde a reforma previdenciria tem, certamente, uma importncia capital. Assim, todas as esperanas de crescimento foram subordinadas aprovao rpida de uma robusta reforma da Previdncia. - Os fatos, por motivos diversos, no correram como previsto. A tramitao do projeto na Cmara, sofreu atrasos e est sendo objeto de modificaes que podem reduzir a potncia fiscal da economia projetada. Esta realidade, de certo modo inesperada, reduziu o otimismo do mercado o que se reflete na reduo do preo dos ativos brasileiros, em depreciao cambial e na paralisia dos investimentos. - Neste cenrio os fabricantes de bens de capital, que apoiaram a reforma previdenciria desde o inicio, torcem e trabalham para uma tramitao mais rpida do projeto nas duas casas legislativas, para que o pas, uma vez eliminado o perigo de um crescimento explosivo da dvida pblica, possa se dedicar integralmente em recuperar o tempo perdido, retomando o crescimento econmico e criando empregos e renda. - Com a aprovao do projeto a indstria brasileira espera uma reverso nas atuais expectativas, com o aumento da confiana, tantos dos empreendedores, quanto dos consumidores, a reduo do risco pas, face recuperao da solvibilidade das contas pblicas no longo prazo e, por consequncia, uma ulterior reduo dos juros bsicos, fatores necessrios a um ambiente favorvel ao crescimento. - Como dissemos, so todos fatores necessrios para criar condies propcias a um novo ciclo de desenvolvimento mas, a aprovao da reforma da previdncia, de per si, no ser suficiente para dar a partida ao processo. A equipe econmica, sem se descuidar do acompanhamento do processo legislativo, deve simultaneamente implementar aes que estimulem a atividade econmica. - Ser necessrio diminuir o endividamento das famlias e das empresas, com crdito mais fluido e forte reduo dos spreads bancrios, bem como reduzir os custos da intermediao financeira nos emprstimos do BNDES s pequenas e mdias empresas tornando os investimentos mais atrativos e estimular a demanda, com a retomada das obras pblicas paradas, utilizando parcialmente as receitas no recorrentes, provenientes de privatizaes e concesses. - Os fabricantes de bens de capital esto cientes que o progresso do pas depende de uma unio de esforos. Tal como apoiaram e apoiam a reforma da previdncia, desde j, se colocam disposio da equipe econmica para ajudar a detalhar as sugestes acima elencadas e para auxiliar na implementao das medidas de desburocratizao e desregulamentao que esto sendo propostas pelas diversas secretarias do Ministrio da Economia. *Joo Carlos Marchesan administrador, empresrio e presidente do Conselho de Administrao da ABIMAQ...


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