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TAXA SELIC
Copom reduz juros bsicos para 7,5% ao ano, prximo do menor nvel da histria

Data da notícia: 2017-10-26 10:23:37
Foto: ABr

Pela nona vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros bsicos da economia. Por unanimidade, o Comit de Poltica Monetria (Copom) reduziu na quarta-feira(25) a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, de 8,25% ao ano para 7,5% ao ano. A deciso era esperada pelos analistas financeiros.

Com a reduo, a Selic iguala-se ao nvel de maio de 2013, quando tambm estava em 7,5% ao ano. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nvel da histria, e passou a ser reajustada gradualmente at alcanar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros bsicos da economia.

Em comunicado, o Copom informou que a conjuntura econmica prev que os juros continuaro abaixo da taxa estrutural (juros necessrios para segurar a inflao) por algum tempo. Segundo o BC, somente a aprovao das reformas estruturais poder garantir a manuteno dos juros em nveis baixos por longo tempo.

Nas ltimas quatro reunies, o Copom reduziu a taxa em 1 ponto percentual. No encontro de hoje, o ritmo de corte caiu para 0,75 ponto. De acordo com o comunicado, a intensidade do corte pode cair ainda mais nas prximas reunies. Para a prxima reunio, caso o cenrio bsico evolua conforme esperado, e em razo do estgio do ciclo de flexibilizao, o Comit v, neste momento, como adequada uma reduo moderada na magnitude de flexibilizao monetria, destacou o Banco Central.

A Selic o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflao oficial, medida pelo ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), o IPCA ficou em 0,16% em setembro, prximo da mnima histrica de 0,08% registrada em setembro do ano passado.

Nos 12 meses terminados em setembro, o IPCA acumula 2,54%, a menor taxa em 12 meses desde fevereiro de 1999. At o ano passado, o Conselho Monetrio Nacional (CMN) estabelecia meta de inflao de 4,5%, com margem de tolerncia de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Para este ano, o CMN reduziu a margem de tolerncia para 1,5 ponto percentual. A inflao, portanto, no poder superar 6% neste ano nem ficar abaixo de 3%.

Inflao

No Relatrio de Inflao, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetria estima que o IPCA encerrar 2017 em 3,2%. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituies financeiras divulgada pelo BC, a inflao oficial dever fechar o ano em 3,06%, mesmo com os aumentos recentes nos preos dos combustveis.

At agosto do ano passado, o impacto de preos administrados, como a elevao de tarifas pblicas; e o de alimentos como feijo e leite contribuiu para a manuteno dos ndices de preos em nveis altos. De l para c, no entanto, a inflao comeou a cair por causa da recesso econmica e da queda do dlar.

Crdito mais barato

A reduo da taxa Selic estimula a economia porque juros menores barateiam o crdito e incentivam a produo e o consumo em um cenrio de baixa atividade econmica. Segundo o boletim Focus, os analistas econmicos projetam crescimento de 0,73% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e servios produzidos pelo pas) em 2017. A estimativa est em linha com o ltimo Relatrio de Inflao, divulgado em setembro, no qual o BC projetava expanso da economia de 0,7% este ano.

A taxa bsica de juros usada nas negociaes de ttulos pblicos no Sistema Especial de Liquidao e Custdia (Selic) e serve de referncia para as demais taxas de juros da economia. Ao reajust-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preos, porque juros mais altos encarecem o crdito e estimulam a poupana. Ao reduzir os juros bsicos, o Copom barateia o crdito e incentiva a produo e o consumo, mas enfraquece o controle da inflao.

Fonte: Wellton Mximo - Agncia Brasil

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